Ana
GOMES

Dichiarazioni di voto scritte - 8ª legislatura Ana GOMES

I deputati possono rilasciare una dichiarazione scritta sul proprio voto in Aula. Articolo 194 del regolamento

Il diritto d'autore nel mercato unico digitale (A8-0245/2018 - Axel Voss) PT

26-03-2019

Votei, em julho de 2018, contra esta diretiva. Em setembro votei especificamente contra o artigo 13.º, ainda que com o voto favorável na resolução do Parlamento Europeu para garantir o envio ao trílogo na esperança de que se alcançassem compromissos que fossem ao encontro das preocupações dos cidadãos. Acabei por votar hoje contra a Diretiva por considerar que o resultado não satisfaz.
Reitero o que já tinha dito antes: o meu voto não se justifica pelo temor de criação de uma “máquina de censura”, mas sim pelos abusos que podem partir sistemas automatizados. E o artigo 17.º (antigo artigo 13.º) prevê filtros que podem coartar a liberdade de expressão e publicação. Gostaria também que tivesse ficado garantida a remuneração justa e adequada para os artistas e criadores, mas não me parece que isso fique acautelado no artigo 11.º, que consagra uma solução que põe os direitos de autor dependentes das empresas intermediárias titulares desses direitos.

Accordo di libero scambio UE-Singapore (risoluzione) (A8-0048/2019 - David Martin) PT

13-02-2019

Votei contra a resolução que aprovou o Acordo Comercial UE-Singapura porque, mais uma vez, este tipo de acordos não inclui um capítulo sobre regulação financeira, anti branqueamento de capitais e fiscalidade. No caso deste acordo específico, a questão é mais grave, tratando-se de um acordo com um verdadeiro paraíso fiscal (o 5.º país mais opaco de acordo com o ranking do Segredo Fiscal) e isso poderá será aproveitado pela criminalidade organizada, incluindo grupos terroristas. Singapura vive da alta-finança e dos baixos impostos, com um Freeport criado para dar guarida a todo o tipo de produtos que sirvam o branqueamento de capitais de cleptocratas e corruptos dos países da região e de todo o mundo. O recente escândalo da 1MDB, com mil milhões branqueados em imobiliário e arte por familiares do Primeiro-Ministro da Malásia, são a prova. Tudo será facilitado pelo acesso ao mercado europeu que este acordo comercial permite. Não precisamos de mais acordos de comércio dito “livre” que só têm aumentado desigualdades, divergências e desequilíbrios. Precisamos de acordos de comércio justo. Enquanto estes acordos não incluírem disposições de regulação fiscal, a UE faz o jogo das forças populistas e nacionalistas que cavalgam o ressentimento dos povos contra o neoliberalismo desregulatório.

Accordo di partenariato per una pesca sostenibile UE-Marocco (A8-0027/2019 - Alain Cadec) PT

12-02-2019

Votei contra este acordo, como havia feito em janeiro no acordo sobre a agricultura. E fi-lo de novo em consciência. O direito de autodeterminação do povo do Saara Ocidental não é negociável a troco de vantagens político-económicas. Apoio que Marrocos beneficie de uma parceria privilegiada com a UE, mas não à custa dos direitos do povo sarauí. A UE tem de respeitar o Direito Internacional e o processo negocial no quadro da ONU.
Ao aprovar também este acordo, as instituições da UE voltam a violar o Direito Internacional e desrespeitar o TJUE. O TJUE estabeleceu explicitamente que o consentimento do povo do Saara é necessário. É inaceitável confundir-se o "povo" com a "população", integrada também por colonos marroquinos. As implicações práticas para o Sara Ocidental resultantes deste acordo com Marrocos são significativas. A Comissão das Pescas do Parlamento Europeu reconheceu que “mais de 90 por cento da captura pela frota de países da União Europeia é feita nas águas adjacentes do Sara Ocidental”, sobre o qual não é reconhecida a soberania marroquina. Como se permite agora a aplicação do acordo de pesca entre a UE e Marrocos nestas águas adjacentes? Todos os Estados-Membros que endossam este acordo violam o Direito Internacional.